segunda-feira, 25 de maio de 2015

Buracos e serras

Não falei algumas coisas sobre Curitiba. Primeiro foi sobre o Buraco do Padre e o Parque Estadual de Vila Velha que meus tios e primos falaram que são lugares bem bonitos para visitar em Ponta Grossa mas não deu tempo para ir pois fecham muito cedo para visita. Mas a questão é que o termo buraco do padre virou piada entre a gente, "É fácil o acesso ao buraco do padre?", "O buraco do padre é bonito?", "Demora muito para encontrar o buraco do padre?". E eu queria muito ter ido pois é o que mais gosto nessas viagens, a natureza!

Foto da internet do Buraco do Padre

Outra questão de Curitiba foi a má impressão que tive do curitibano da primeira vez que fui em 2011, achei que talvez fosse mudar essa impressão e infelizmente piorou. O paranaense do norte do estado é muito bacana e receptivo mas o curitibano infelizmente é (generalizando) muito frio e até mesmo antisocial. Ouvi uma história de um senhor que morava a anos no mesmo prédio e não sabia nem o nome de seus vizinhos, os mesmos que subiam e desciam no elevador com ele quase todos os dias e ele não trocava uma palavra. Difícil entender esse jeito de ser! A última coisa é que apesar do trânsito não ser muito intenso o curitibano é meia roda demais! 
Mas voltando para quinta passada, assisti o Cruzeiro ganhar no Hop'n Roll Beer Club, voltei para o albergue e capotei. Dia seguinte iria para Floripa.
Acordei cedo, tomei o café, arrumei a moto e fui conhecer a Gaudenbier que é sem dúvida a maior cervejaria do Paraná, gigante. Lá eles fazem, além das cervejas da Gaundenbier, também as da Dum, Fucking Beer, Tormenta e mais uma que não lembro. Lá conversei com os dois sócios que foram muito prestativos e pediram para um dos funcionários me acompanhar na visita para conhecer as instalações da fábrica. Depois dei uma volta rápida no bairro Santa Felicidade, onde fica a cervejaria, e segui em direção a BR101.



 Rolando uma Pale Ale da Gaundenbier



 De toca
Vinhos Durigan

Fui para Pomerode, cidade onde iria rolar o show da banda americana Nile e iria aproveitar para conhecer algumas cervejarias catarinenses. O visual do caminho é lindo e a estrada não é ruim. Cheguei na cidade as 17:00 e fui direto a fábrica da cerveja Schornstein. Fui primeiro na administração, expliquei a minha situação e foi falado que poderia visitar sim mas só depois das 18hs, pois teria alguém para me acompanhar na visita. Me sentei e aguardei. Um pouco antes das 18hs veio um senhor e me perguntou "Em que eu posso ajudar?", e expliquei para ele que tinha ido na administração e estava aguardando a hora do bar abrir para poder visitar a fábrica, e aí o alemão que não consegue falar português direito fechou a cara e disse que provavelmente não seria possível, expliquei mais uma vez pois percebi que ele era o gerente ou até um dos donos, mas ainda assim ele disse que não poderia prometer que eu conseguiria visitar, me perguntou quem da administração disse que eu poderia, enfim, nesse momento já tinha perdido todo o tesão de visitar a fábrica. Ele foi lá dentro e voltou dizendo que poderia visitar se fosse bem rápido e quase que me expulsou da área da cervejaria e do bar. Foi a única cervejaria que me tratou dessa forma escrota! Todas as outras me trataram muito bem!





O alemão "educado" ao meu lado no reflexo

De lá passei no local aonde rolaria o show e perguntei se ainda tinha ingresso, fui informado que só venderia na entrada e estaria R$80. Não curto tanto Nile assim e além do mais depois do show eu faria o que em uma cidade do interiorzão? Pois provavelmente o show acabaria cedo. Deixei para decidir depois e fui para Blumenau conhecer a fábrica de uma das cervejas que mais bebo, a Eisenbahn. Novamente fui muito bem tratado mas em Blumenau não pode mais rolar visitação no interior das fábricas. Mas tudo bem. Sentei e provei a Frosty Bison, uma american ipa que você só encontra lá no bar da Eisenbahn. De lá fui a fábrica da Bierland e resolvi ir para Florianópolis. Não estava afim de show nem de passar frio depois do show.



 A linha completa de cervejas





Viagem rápida até Floripa pois estava a pouco mais de 100km de distância. Fui para o hostel guardar as coisas e fui tomar uma cerveja no Midnight Snooker Bar, bar que já tinha conhecido em 2011 e gostei muito. Depois fui ao Chopp do Gus e dei muita sorte porque rolou show de uma banda cover do Ozzy, a Crazy Train. Muito boa. Após o show voltei para dormir pois o dia seguinte seria muito foda e tinha que estar descansado para curtir cada momento!




Acordei as 7hs, fui olhar o site que tem a câmera ao vivo do mirante da Serra do Rio do Rastro e estava com muita neblina. Chateado resolvi esperar um pouco para ir. Olhei de novo por volta de 8:30 e já estava sol e já tinha uma galera visitando. Peguei as minhas coisas e saí as 9hs. Estrada muito boa e no caminho quando parei para abastecer encontrei com o pessoal do motoclube Tribo do Asfalto de Joinvile, estavam em várias motos, galera gente fina demais. Segui junto com eles pois também estavam indo para a Serra. Eles pararam para almoçar e eu continuei. A estrada é realmente coisa de louco, visual indescritível. Não é a toa que é considerada uma das mais bonitas do mundo! Cheguei ao topo e fiquei paralisado com a visão do mirante. Tinha combinado com amigos e parentes de quando estivesse lá enviaria mensagens para entrarem no site ao vivo. Fiquei brincando com eles por mensagens. Após várias fotos, vídeos e um papo com o pessoal do MC que chegaram depois de mim, resolvemos descer pois não queria pegar estrada a noite. Eu iria voltar por outro caminho e talvez até passar pela Serra do Corvo Branco que fica próximo, mas soube que está com um trecho interditado e desisti. Peguei a BR101 e logo no início aconteceu uma coisa chata, em um desnível da rodovia a moto deu um pulo e abriu o lugar aonde estou guardando as minhas ferramentas, caíram pela rodovia e só fui perceber um pouco a frente e aí só tinha sobrado algumas. Parei a moto e voltei a pé e ainda achei algumas, mas a grande maioria se perdeu. Fica aqui uma dica de presente, uma caixa de ferramentas, meu aniversário é dia 19 do mês que vem! hahaha Cheguei ao hostel a noite e como seria a última noite em Floripa eu queria dar uma volta. Combinei com a amiga Fernanda de ir a casa dela tomar umas cervejas com o seu namorado Diego. Noite bacana falando de música e afins. Comendo besteiras e um feijão feito pela Fernanda. Engraçado que essa é a segunda trip que esbarro com a Fernanda, a primeira vez foi aqui em São Paulo em 2011. Depois eles me levaram a um ponto da cidade com uma bela visão da Ponte Hercílio Luz. Nos despedimos e fui dormir para no dia seguinte vir para cá. 700km em uma porrada só.

 Pessoal do Tribo do Asfalto MC...
 ...e suas esposas/namoradas que também pediram para tirar foto.
 O trem que passa ao lado da rodovia
 Chegando


Estrada foda
Gravei do mirante para mostrar a dificuldade que caminhões e ônibus tem para passar pela Serra 

Quati para todo lado


A câmera da zoeira no mirante

 A noite depois de algumas cervejas e um feijãozinho. Valeu Fernanda e Diego.


Dia seguinte acordei tarde e perdi o café da manhã. Arrumei as coisas e comecei o meu caminho de volta. Depois de pouco mais de 8hs na estrada cheguei em São Paulo. Achei o albergue e pela primeira vez em 5 anos de associado da rede Hi Hostel fui maltratado. Atendimento bosta, reserva desfeita sendo que já estava pago. Peguei as minhas coisas e fiquei em um hotel próximo pois já era mais de meia noite para ir para outro albergue e eu estava muito cansado. Capotei e acordei as 10 para fazer o check out e me encontrar com o Pompeu após o almoço para bater um papo. Vim para outro hostel e agora estou aqui digitando.

Saindo de Floripa

 Lautrec no banheiro do hostel


Mocinha descansando

A próxima postagem será provavelmente de casa. Agora vou me encontrar com meu parceiro Leo "Barriguinha" para tomar umas.

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