segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lá e de volta outra vez

Saí de Floripa com sol e não deu 100km começou a chover e foi assim até São Paulo, aliás, nessas rodovias, ida e volta, eu acho que não teve uma que passei sem chuva. Um pouco antes de São Paulo, nas serras, uma sequencia de acidentes que me atrasou bastante, me fazendo esperar umas 3hs na chuva e frio ao todo. Saí de São Paulo a tarde e peguei sol até Macaé quando já estava noite e resolvi ficar por lá mesmo pois não estava afim de arriscar a noite nessas estradas podres da BR101 e ainda molhadas. Saí cedinho de lá chegando aqui em casa ontem debaixo de chuva, é claro, mas com a diferença de ter um mormaço subindo do asfalto, coisa que não tinha no sul. Depois de ver tantas montanhas na paisagem e de rodar quase 7 mil km eu soube que estava finalmente em casa ao ver, muito feliz, o Mestre Álvaro, a montanha símbolo de minha cidade.
Essa grande viagem foi a primeira de muitas, sem dúvida. Perfeita em todos os sentidos. Aprendi e desaprendi muitas coisas em poucos dias dando valor a coisas que não dava tanto valor e deixando de dar a outras que dava tanto. Estou muito feliz por ter conseguido concluir meu objetivo. De minha montaria ter se portado como uma dama na estrada, não me dando nenhuma dor de cabeça real. Da força que recebi de verdadeiros amigos para continuar e finalizar o projeto. De estar de volta em casa podendo matar saudade de pessoas que estava com saudades, do sol, de minha cama quentinha e do meu PS3.

Pior  trecho de rodovia:
A BR101 sul Porto Alegre - Florianópolis está muito ruim e com péssima sinalização, mas é porque estão duplicando. Nenhuma vence a porcaria que é a BR101 aqui no ES. Péssima. E ainda tem coragem de cobrar pedágio.

Melhor trecho de rodovia:
A BR376 entre Curitiba - Florianópolis. Um tapete. E entre Chuí e Montevideo porque além de muito boa só tem reta.

Trecho mais chato:
BR116 entre Curitiba e São Paulo, porque estava a noite, chovendo e a pista muito escorregadia e cheia de acidentes atrasando a viagem.

Trecho mais bonito:
Teve vários no caminho mas entre Chuí e Montevideo é sem noção de tão bonito.

Cidades mais bonitas:
Florianópolis e Punta del Este.

Segue a lista de albergues ao longo da viagem.
Curitiba - Hostel Roma -  http://www.hostelroma.com.br
Porto Alegre - Hotel Elevado - http://www.hotelelevado.com.br/
Uruguay - Hostel Unplugged - http://unpluggedhostel.com/
Argentina - Hostel Ayres Porteños - http://www.ayresportenos.com.ar

E o link do site da Toca para quem quiser conhecer as viagens do Cícero: http://www.ciceropaes.com.br/a_toca.html

Valeu a todos que acompanharam.
 
 Saindo de Floripa ainda com sol

 O estado da moça quando cheguei
Só a lama

"Tudo está tão bem quando acaba melhor." (Bilbo Bolseiro)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cansado de frio

Correria e sem tempo para postar. Mas vai um post rapidinho.
Segunda a noite após postar fui ver o lance do cara que iria soldar a moto, só que a moça ficou de birra porque larguei ela alguns dias no frio e não pegou nem com afogador, arreou a bateria. Desmontei a peça e deixei para de manhã. Desencanei e fui ver o jogo com os uruguaios, aproveitar a última noite nessa terra muito foda. Muita bagunça, churrasco, cerveja e o Uruguay faz o primeiro, depois o segundo e acaba o jogo. Festa na cidade de novo. Mas estava muito cansado e resolvi ficar por alí mesmo conversando e esperando dar o sono que não demorou muito. Acordei as 9, tomei o café rapididnho e fui procurar um lugar que soldasse a peça. Demorei a achar e só voltei quase meio dia para o albergue. Arrumei as coisas, me despedi de todos e parti com o coração realmente partido porque adorei esse país e essas pessoas. Ainda dei mais uma volta na praia e no centro, comi um chorizo que é parecido com o choripan só que com temperos e também um pancho que é tipo um cachorro quente só que uma salsicha que não cabe no pão também com vários temperos e só então fui em direção ao Chuí com destino a Florianópolis. Estava fazendo 8° em Montevideo com o tempo nublado e bem umido. Passei novamente em Punta del Este no caminho e tirei mais umas fotos. E começa a chuviscar para a minha "alegria". Congelando mas a 140km/h para chegar logo pois não aguentava mais sentir frio. Cheguei em Chuí por volta de 19hs e estava chovendo e muito frio, não tinha condições de continuar por mais dois estados e resolvi ficar para continuar pela manhã. Fiquei no mesmo hotel que havia ficado antes, tomei um banho quente, fui comer algo e acabei comendo dois panchos, gastei o restinho de pesos uruguaios que tinha no mercado pois alí seria a última cidade que aceitaria e fui dormir. Ontem acordei as 8:30, arrumei as coisas e fui comer algo. Saí de Chuí por volta de 9:30 com chuva e frio e assim continuou até a tarde quando cheguei em Porto Alegre e lá soube que havia chuvido muito e algumas cidades estavam em estado de calamidade. Mas em PoA estava 6° e não estava nem um pouco afim de ficar naquela cidade e pensei, "Vou arriscar um sol em Floripa". Achei melhor arriscar já que já estava encharcado e com frio. Melhor coisa que fiz porque depois de quase 100km de PoA parou de chover e peguei estrada seca até aqui. Depois de 12 horas na estrada direto e destruido de cansaço cheguei a essa cidade linda e fui direto para o refúgio chamado Toca. Fui novamente recebido pelo Cícero. Tomei um banho quente e fui dormir. Acordei as 9 com um solzão, arrumei as coisas, tomei café da manhã, me despedi da Lourdes e fui trocar o óleo da moça. Queria muito ficar mais nessa cidade maravilhosa mas não dá. Agora estou aqui na mesma lan de sempre, provavelmente fazendo o último post antes de chegar em casa e terminar essa saga com as considerações finais.
Segue mais algumas fotos:

 O albergue Ayres Porteños em Buenos Aires




 Obelisco

 Metrô de superfície
 Casa do Governo e um ninja doido
 Puente de la Mujer

 Barco Pte. Sarmiento Frigate



 Buquebus de volta para Montevideo



 O pessoal torcendo para o Uruguay
 Final do jogo
 Rosi que trabalha no albergue
 Mais fotos de Punta del Este

 A ponte esquisita na entrada da cidade
Na Toca mais uma vez


"A vida é uma viagem a três estações: ação, experiência e recordação" (Júlio Camargo)
"A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos." (Marcel Proust)
"Longe é um lugar que não existe quando estamos numa motocicleta" (Japonês - Sem Lei MC - Itaguaí)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ainda nos vizinhos

Continuo em terras hermanas. Domingo depois que postei o pessoal fez uma vaquinha para fazer um churrasco aqui no albergue. Conversamos bastante, troquei a camisa do Cruzeiro com o chileno pelo clube que ele torce, o ex clube do Montillo, Universidad de Chile. Depois fomos jogar uma sinuca aqui pertinho. As sinucas são bem diferentes, os buracos são maiores, os tacos mais pesados e até aprendi um jogo diferente. Fiquei conversando até de manhã e resolvi não dormir para não perder o buquebus que sairia as 7:30 e já eram 4 e pouco. Peguei o taxi e fui pegar o buquebus. Um detalhe que aqui e na Argentina você roda de taxi a cidade toda e paga 10 reais. Muito em conta. No buquebus, fui de ônibus até Colonia del Sacramento pois fica mais barato do que sair daqui de Montevideo direto para Buenos Aires e lá atravessei o Rio de la Plata. Dormi a viagem toda. Cheguei na Argentina as 12hs, fui para o albergue que já estava reservado e de lá fui rodar a cidade. Um frio doido, chovendo, vento forte. Fui direto de ônibus para La Boca conhecer o estádio do Boca Junior e Caminito, depois voltei para o centro e peguei o metrô para o zoológico e passei antes no Jardim Botânico e depois para o zoológico mas infelizmente estava fechado por causa da chuva. Peguei novamente o metrô até perto do centro e fui andando até a Recoleta. No caminho comi empanados que são muito bons e um choripan que é um pão gigante com uma linguiça de churrasco cortado ao meio. Na Recoleta conheci o cemitério que é muito bonito, a Igreja Pilar, o Centro Cultural e o Buenos Aires Design. O frio estava matando e machucando meu rosto porque não estava de luva nem de cachecol. Fui direto para o albergue para pegar essas coisas antes de continuar a conhecer a cidade. Cheguei exausto, com o corpo dolorido, o rosto e o nariz ardendo e a boca rachando. Eram 19hs e resolvi deitar um pouco, dormi e acordei só as 2:30. Sem sono fui tomar um banho quente e conversar com quem ainda estava acordado. Muitos americanos e brasileiros. Aliás, o que tem de brasileiro lá não é brincadeira o que facilitou um pouco na hora de pegar informações na rua pois sempre esbarrava com um. E ao contrário do que imaginava, lá tive mais dificuldade para me comunicar do que aqui porque os argentinos falam mais rápido. Infelizmente não consegui conhecer todos os lugares que queria em apenas um dia corrido e cansativo. Voltei e dormi as 4hs e acordei hoje as 8:30 para pegar o buquebus de volta a Montevideo que sairia as 9:30. Tomei o café da manhã rapidinho e chamaram o taxi para mim. Como o trânsito estava caótico por causa das férias, um trajeto que fariamos em 5 minutos fizemos em mais de 30 e perdi o buquebus tendo que esperar o próximo de 12:30, então fui dar mais uma volta na cidade. Fui no obelisco no centro, na Casa do Governo, na Puente de la Mujer e no barco Pte. Sarmiento Frigate. Dessa vez fui preparado pois estava muito frio. Quando saí de Buenos Aires estava fazendo 2° mas a sensação térmica devia ser muito menor. Chegando aqui novamente estava fazendo 4° mas o frio estava suportável. Voltei para o albergue que estava, o Unplugged. Depois vou listar todos os locais que fiquei em toda a viagem com endereços para facilitar para quem pretende viajar para esses locais.

 O churrasco na parte de baixo do alberguel regado a Pilsen com brasileiro, argentinos, chilenos, equatorianos, franceses e espanhois além, é claro, de uruguaios 
 O chileno Matias e a troca das camisas
 Sinuquinha



 Hernan. Trabalha no albergue. Gente boa
 O buquebus

 Estádio do Boca

 Caminito

 Jardim Botânico


 Gatos que estão por toda a cidade em todos os lugares











 Cemitério Recoleta

















Igreja Pilar
Bizarro
Centro Cultural

Presentes, moedas separadas para o Riki e alfajor comprados para todos que prometi. Engraçado como as vezes me pego pensando em espanhol mesmo tendo ficado tão pouco aqui. E a impressão que tive da Argentina foi muito boa mas ainda achei o Uruguay muito mais atraente e o povo muito mais sociável. Outra coisa engraçada é que o Peter (não sei se é assim que se escreve já que ele é uruguaio. Mas é assim que se pronuncia) me apelidou de Helio Castro Neves e tenho um amigo no Brasil que me chama assim.

Peter, me ajudou em tudo aqui. Também trampa no albergue

Vou sentir falta desse país agradável com pessoas igualmente agradáveis.
Amanhã pego a estrada de volta.
E assim me despeço dos hermanos a caminho de casa...