segunda-feira, 18 de maio de 2015

Água!

Depois de uma madrugada com uns barulhos estranhos no motel que dormi em Ribeirão Preto, acordei cedo, arrumei as minhas coisas e fui dar uma volta rápida na cidade para conhecer as cervejarias antes de seguir caminho, pois a idéia era rodar o máximo para dormir em uma cidade mais perto do meu destino que seria Foz do Iguaçu. Como a cidade é pequena foi fácil conhecer todas as cervejarias na parte da manhã. Primeiro fui na cervejaria mais premiada, a Colorado. Quase não consegui visitar pois só abrem a visitas no sábado, sem exceções, mas pedi para falar com o gerente, expliquei a minha situação e ele prontamente me acompanhou para conhecer. Estava rolando a brassagem de uma Demoiselle que é uma porter e provei um pouco da mesma cerveja direto do fermentador. Nem preciso falar que estava maravilhosa.




 Prêmios...
 ...e mais alguns.
 Demoiselle nas panelas
 Fermentadores mágicos

De lá fui para a Cervejaria Invicta que é menor que a Colorado, tem um Bar/Restaurante na frente e a cervejaria fica na parte de trás. A visita também não poderia acontecer pois é aberto para visitas a partir das 19 horas aonde seria acompanhado por uma sommelier de cervejas, mas nesse horário já estaria na estrada a muito tempo. Novamente expliquei a minha situação ao gerente e fui autorizado a conhecer. Única que não provei da cerveja apesar de já conhecer. Mas tudo bem.


 Preparando as panelas e os maltes alemães separados para a brassagem de uma 6 O'Clock que é uma American IPA



 Visão interna do Bar/Restaurante e a cervejaria ao fundo


De lá segui para a Lund aonde fui muito bem recebido pelo gerente e pela dona da cervejaria. Não precisei falar nada, já foi oferecido a visita e o gerente me acompanhou mostrando todo o espaço físico e provei a Pale Ale direto da torneira. Muito maltada e gostosa. Espaço físico um pouco menor que a Invicta mas produz quase a mesmo quantidade litro/mês da citada.







Provando a Lund na Lund

E por último fui conhecer a mais nova cervejaria de Ribeirão Preto, a Weird Barrel, inaugurada a menos de 1 mês mas que tem tudo para ser tornar uma grande cervejaria. A cervejaria é no estilo brewpub. Um dos sócios é o mestre cervejeiro João Becker, ex-cervejeiro da Colorado, que soma mais de 10 anos de experiência no desenvolvimento de novas receitas. Antes de abrirem a cervejaria eles faziam as suas receitas em outras cervejarias e até já ganharam um prêmio, a cerveja Naughty Grog, estilo Black IPA envelhecida em barril de rum, recebeu medalha de ouro no último Mondial de La Bière, festival internacional realizado no Rio de Janeiro em novembro 2014. A cerveja também foi destaque no IPA Day, realizado em agosto de 2014 em Ribeirão Preto. Após conhecer as instalações foi me oferecido para provar a cerveja premiada o que obviamente aceitei. Maravilhosa!


 Rolando a brassagem de uma nova receita que ainda é secreta


 Provando a premiada Black IPA
As torneiras do brewpub

Após a visita almocei em um self service ao lado a Weird Barrel e peguei a estrada em direção a cidade que eu conseguisse chegar. Talvez Londrina, talvez Maringá ou talvez Cascavel. Uma curiosidade sobre as cervejarias é que o aroma delicioso do malte fica no ar e você sente de longe, no caso da Colorado a quase um quarteirão já dá para sentir, mas talvez quem more por perto já deve estar enjoado pois apesar de ser um cheiro muito agradável para quem está visitando, para quem sente todos os dias talvez não seja! 
Peguei a BR050 e fui em direção ao Paraná. Um tapete de retas infinitas. Vamos abrir um parênteses, eu disse que de BH a Ribeirão Preto não cobrou pedágio, de Ribeirão Preto até a divisa do Paraná tem mais dois pedágios que também não cobram, 3 ao todo, no Paraná o primeiro pedágio é de R$6,90 para motos, R$6,90!!!!!!!!! Os outros dois até Maringá é de R$3,40. Assim fica muito difícil viajar pelo Brasil com veículo próprio! Gasolina cara e pedágio absurdo! Cheguei a Maringá e fui procurar uma pousada ou hotel, achei um hotel em conta com garagem no centro, guardei as coisas, tomei um banho e fui visitar o bar de motociclistas de Maringá, o Garagem Moto Rock Bar. Pessoal muito gente boa que prontamente me passou as dicas das estradas do Paraná. Tomei algumas cervejas, bati um papo com a galera e voltei para o hotel para capotar pois o dia seguinte iria tentar chegar em Cascavel para almoçar com meus parentes antes de ir para Foz do Iguaçu.

Tapete e só retas
Divisa com Paraná
Aí Breno achei a sua cidade natal
No hotel
Garagem Moto Rock Bar

Foda que Ribeirão Preto e Maringá acabaram sendo cidades de passagem, apenas para dormir, mas em viagens de moto é assim, infelizmente! Acordei cedo, arrumei a moto e peguei a BR050 novamente sentido Cascavel, e mais um parênteses, estrada perfeita, limite 110km/h em 80% da rodovia, pouquíssimos radares (acho que uns 5 em 411km de Maringá a Foz). Voei nesse trexo! E a motoca até gostou, teve uma medição que fiz que deu incríveis 26km/litro! Pouco antes de chegar a Cascavel começou a chover. Cheguei a Cascavel chovendo muito e ao perguntar em um posto aonde ficava o que achei que seria o bairro dos meus tios constatei que era uma cidade que estava a 400km de Cascavel. Carambeí. Sempre achei que eles moravam em Cascavel! Enviei mensagem para minha prima que disse que minha tia tinha feito uma farofa de pinhão! Tristeza!!! Coloquei a capa de chuva em um frio de 16° e segui o meu caminho! Pouco antes de chegar encontrei um restaurante em formato de castelo e parei para tirar umas fotos, encontrei também o kilômetro do mau, o 666, que não tinha como ficar em outro estado do Brasil senão no Paraná. Pedágios de novo, de Maringá a Foz são 2 pedágios de R$5,10, 2 de R$5 e 1 de R$6,50! De Belo Horizonte até aqui são R$47,40 só de pedágios! Para que pagamos impostos mesmo? Finalmente cheguei na cidade que sempre quis conhecer mas só agora consegui. Chegando na cidade fui direto para o albergue, pedi o jantar e fui dar uma volta na cidade, fui tomar uma cerveja no Zeppelin Old Bar, um bar aonde rola música ao vivo e estava rolando cover de Janis Joplin. Nem curto Janis (as únicas músicas que conheço é "Mercedes Benz" e "Me and Bobby Mcgee", e essa última por causa do jogo Songpop do Facebook, mas sei apreciar boa música, mandaram muito bem. Voltei para o hostel e fui dormir porque queria conhecer a cidade no dia seguinte.







 O km do mau
 Eu achando que estava longe de casa mas os irmãos do Tigre de Fogo MC de Vila Velha também já passaram por aqui
 Cascavel/PR
 Argentina a esquerda e Paraguai segue em frente
Banda cover de Janis Joplin

Domingo de manhã acordei cedo, tomei o café da manhã, bati um papo sobre futebol com dois argentinos/brasileiros (é muito comum aqui) gente boa. Eles torcem para o Boca Juniors mas concordaram com a atitude que a Conmebol tomou em relação ao último jogo com o River Plate desclassificando o Boca. 
Fiquei no quarto papeando com meus amigos de minha cidade pela internet e a tarde finalmente fui conhecer as Cataratas. É bem perto daqui do albergue. Tem 3 valores para visita, para moradores daqui de Foz, para visitantes que fazem parte do Mercosul e para estrangeiros. O lugar é indescritível! Sempre quis visitar essa cidade por uma razão bem específica. Meu pai faleceu quando eu tinha 14 anos e uma coisa que me lembro muito bem é que quando ele veio aqui disse que era a cidade mais bonita do país e desde então quis vir. Em 2011 tinha planejado de passar por aqui mas infelizmente na volta da viagem não deu tempo e só agora consegui vir. O lugar é lindo sim apesar da cidade ser bem pequena, as Cataratas é de tirar o fólego e confesso que me emocionei por estar aqui, mas ainda assim não sei dizer se é mais bonito que a cidade mais bonita do Brasil para mim até o momento que é Natal! Difícil comparação! Passei praticamente a tarde toda no passeio. Mas tem um último parênteses dessa postagem, o paranaense aqui do norte do estado no geral me trataram muito bem assim como os argentinos, percebi que tem poucos paraguaios por aqui e que não são bem vistos, recebi vários avisos para não entrar no Paraguai de veículo, coisa que os amigos de motoclubes já haviam me falado, e tomar muito cuidado com as minhas coisas pois lá é só a malandragem. Mas a questão é que nas Cataratas estava cheio de chineses, coreanos, japoneses ou seja lá de onde eles são, gravei até um áudio com eles falando caso alguém queira identificar de onde são, e eles são extremamente mal educados e vários deles deram chiliques por nada. Teve uma senhora que queria que um casal saisse do local aonde eles estavam tirando foto porque ela queria tirar fotos alí. Ficou falando com eles: "Please", "Please", "Please" e apontando para o lugar até que eles sairam e ela abriu um sorrisão! Não sabem se relacionar com outras pessoas que não falem a mesma língua que eles!
Depois da visita voltei para o hostel para deixar as coisas no albergue e fui dar um pulo na Argentina na feira que rola aos domingos em Puerto Iguazu. Troquei dinheiro na casa de câmbio aqui em Foz e segui para lá. Fui primeiro no Hito de las Tres Fronteras e depois fui jantar e tomar umas cervejas argentinas. Detalhe que levei 100 pesos (que é R$27), jantei, comi queijo, pastel, suco, cerveja, comprei lembrança e ainda sobrou 35 pesos. Se morasse aqui só compraria as coisas do lado de lá. Voltei para cá e agora estou aqui satisfeito com um dia corrido e digitando. Hoje vou ao Paraguai de manhã, visitar Itaipu e Parque das aves a tarde! Vou deixar para postar os vídeos das Cataratas quando chegar em casa pois ficaram gigantes e terei que editar.
Agora deixa eu ir dormir!





Quatis para todo lado
 Eles vão acompanhando a gente
Quando estava descendo as escadas ouvi um barulho assim que passei e ao olhar para trás era uma senhora cagada...
  ...e ao olhar para cima veja o que encontro! O zé ruela mirou na minha cabeça mas errou e ainda posa para a foto!


Garganta do Diabo

 Elevador
 Os chineses, coreanos, japoneses, sei lá o que, mal educados.
 Hito de las Tres Fronteras

 Puerto Iguazu
 Fronteira argentina
 Paraguai
 Antes de gastar...
 ...o que sobrou.
Cerveza...
...de los hermanos.



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